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Com queda no preço do milho, produtor perde o interesse na safra de verão

A queda nos preços do milho desestimulou os investimentos na cultura para o ciclo de verão em 2023/24 em algumas regiões do Brasil. A semeadura atingiu 22,6% da área até o momento, e deve confirmar as projeções de queda em relação ao ciclo anterior, que também deve ocasionar em produção menor.

No Paraná, por exemplo, onde a semeadura do milho de verão é a mais avançada no país (71%), os números do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral) evidenciam a queda na rentabilidade.


Segundo o departamento, o custo do milho de verão é de R$ 58,15, enquanto o preço pago aos produtores fica em R$ 42, resultando em um prejuízo de 27,73%.

Esse cenário de preços tem feito os agricultores optarem por investir no trigo no Estado, que tem um custo de produção de R$ 67,75, e preço médio de R$ 50. “Com o crescimento da safra de trigo, ele está tomando o lugar da safra de verão do milho, pelo menos no Rio Grande do Sul e no Paraná. O trigo é quem paga as férias dos agricultores”, disse Luiz Pacheco, analista da TF Consultoria Agroeconômica.

Para Ale Delara, diretor da Pine Agronegócios, a piora na relação de troca com fertilizantes também afastou os produtores do milho verão neste ciclo.


“O preço dos fertilizantes, que caiu bastante no primeiro semestre, voltou a subir desde julho. Isso deixou o produtor no prejuízo já para a safrinha [2023/24]”, comentou.

Em seu primeiro levantamento sobre a safra 2023/24, divulgado em setembro, a Conab projetou uma área de milho de verão de 4,2 milhões de hectares, queda de 5,4% em relação à temporada anterior.


“Os preços atuais e projetados não possuem uma rentabilidade atrativa para a cultura, o que deverá refletir na redução de área de milho no Brasil na safra 2023/24, com destaque para o cultivo de verão”, destacou a Conab, em relatório.

Fonte: GloboRural

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