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Com guerra na Ucrânia, Brasil se destaca na exportação de trigo

Deflagrado em fevereiro, o conflito entre Rússia e Ucrânia mudou o cenário internacional do trigo. Com a guerra envolvendo dois dos maiores produtores do cereal no planeta, o preço subiu, de US$ 7 para US$ 11 dólares por bushel, e fez com que o Brasil ganhasse vez no mercado. Nesse sentido, o país, então importador do produto, já superou em um semestre o volume de embarques realizados nos consolidados dos anos anteriores.


Como efeito comparativo, Giovani Ferreira apresentou gráficos que mostram o desempenho exportador do cereal brasileiro desde 2018. De lá até o ano passado, em nenhum momento, os embarques chegaram ao volume de 1,3 milhão de toneladas. Somente no primeiro semestre, 2022 já está no patamar de 2,51 milhões de toneladas de trigo enviadas para o exterior. [...]


O conflito entre ucranianos e russos também foi responsável por, num primeiro momento, impulsionar o preço do trigo no mercado internacional, informou o responsável pelo ‘AgroExport’. De US$ 7 por bushel antes do início da guerra na Europa, o valor passou para mais de US$ 11 por bushel. Cifras que despertaram o interesse do produtor brasileiro, salientou Ferreira. Mas essa condição, no entanto, não está mais se sustentando, adiantou.


“O preço caiu”, enfatizou o diretor de conteúdo do Canal Rural. “Neste mês de julho, o trigo está recuando no mercado internacional, sendo negociado abaixo de US$ 9 por bushel. E isso já está diminuindo o interesse do Brasil na exportação do cereal”, pontuou. “O mercado interno pode se tornar mais atrativo neste segundo semestre”, complementou.


O volume exportado no decorrer do primeiro semestre deste ano chama a atenção porque, historicamente, o Brasil é um importador de trigo. Por causa disso, avalia Giovani Ferreira, o país também teve de elevar o grau de importação do cereal para suprir a demanda interna. Nesse sentido, observou que o primeiro semestre de 2022 contou com 3,5 milhões de toneladas importadas do produto.


“A gente exportou muito trigo. Pode ser que a gente precise importar mais trigo para atender a demanda interna” — Giovani Ferreira


Fonte: Canal Rural

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